Ulisses Correia e Silva profere discurso de abertura da conferência promovida pelo IDC-África "Democracia em África"

Saturday, February 25, 2023

Ulisses Correia e Silva proferiu, nesta sexta-feira, 24 de fevereiro, na sede da UCCLA em Lisboa, o discurso de abertura da conferência “Democracia em África” promovida pela IDC-África em conjunto com a IDC Internacional.

A conferência teve como objetivo debater o estado da democracia no continente africano e permitiu aos presentes trocar pontos de vista, confrontar opiniões e manter um diálogo construtivo sobre as grandes decisões da política, da geopolítica e da atual governação de muitos países, e a luta contra o terrorismo no Sahel e por toda a África, com o objetivo de promover respostas e ações que contribuam para a consolidação da Democracia, dos Direitos Humanos, da Liberdade e a Paz, em benefício dos povos africanos.

No seu discurso, o presidente do MpD referiu que a democracia cabo-verdiana é jovem, com apenas 32 anos, mas que tem evoluído com sucesso sendo:

  • 1º da Região Africana no ranking de Liberdades Civil e Politica;
  • 3º da Região Africana em Democracia e Cidadania;
  • 2º melhor classificado da Região Africana no Índice da Transparência e Corrupção;
  • 2º melhor país de África em Liberdade Económica.

Ulisses Correia e Silva discorreu sobre o percurso político de Cabo Verde, que saiu de um regime autoritário para um regime democrático, referindo os ganhos obtidos pelo país após a aprovação da Constituição de 1992.

"Colocar democracia como assente em valores ocidentais em confronto com valores orientais, africanos, eslavos ou outros, fragiliza a própria democracia. Não é um problema de imposição de uma civilização versus outra. A democracia assenta em determinados valores que são ganhos da humanidade, depois de milénios de combates: respeito pela dignidade humana, liberdade individual, separação de poderes, controlo do poder e pluralismo. São ganhos da humanidade!", afirmou Ulisses Correia e Silva.

No final da conferência Ulisses Correia e Silva, que é o atual presidente do IDC-África, apresentou a “Declaração de Lisboa”, um documento que resumiu os pontos discutidos e os compromissos assumidos na conferência.

O evento contou com a presença de partidos associados à IDC-África de todos os países africanos de língua oficial portuguesa, do Burkina Faso, Madagáscar e Somália, e ainda da Hungria, para além de especialistas qualificados nos domínios das áreas do tema da conferência.

De referir que o MpD foi coorganizador da conferência.