Posicionamento do MpD, sobre a CI do Presidente do PAICV no âmbito dos 50 anos de independência de Cabo Verde

Wednesday, April 30, 2025

Muito boa tarde a todos.

É público e notório que Cabo Verde festeja, este ano, os 50 anos de sua Independencia Nacional.

Face às diversas polémicas, “tricas e quezílias” espalhadas pelas redes sociais e retomadas em forma de conferencias de imprensa por dirigentes do Paicv, tendo como impulso o discurso do Primeiro Ministro, na cerimónia de abertura das festividades oficiais, vimos, por este meio, produzir o seguinte posicionamento:

1 – O MpD entende que a Independência Nacional é a maior conquista do povo cabo-verdiano; o momento em que nascemos como Estado e que possibilitou todas as outras conquistas conseguidas nestes últimos 50 anos. Ela é, indubitavelmente, a força maior que aglutina todos os cabo-verdianos, sejam eles residentes no País ou na nossa imensa diáspora.

2 – Entendemos igualmente que Amilcar Cabral é uma figura de dimensão mundial que nos orgulha e nos deve igualmente unir; por ser ele o herói impar que nos mostrou o caminho para a libertação do jugo colonial e cujo exemplo nos ilumina na grande batalha para o desenvolvimento do nosso País.

3 – As festividades de comemoração do cinquentenário da Independencia Nacional foram devida e dignamente projetadas pelas instituições da República, para serem momentos de inspiração para todos nós. Todo o povo de Cabo Verde espera que elas ecorram em ambiente de paz e tranquilidade e não de crispação política.

4 – As cerimónias de abertura, que aconteceram em Mindelo - S. Vicente, foram momentos de muita amizade, de muita paz, de muita participação popular e ocasião para o Primeiro Ministro, que as presidiu, produzir uma intervenção mobilizadora, virada para o futuro e para o quanto ainda temos que lutar por maior dignidade do nosso povo.

5 – Não se justifica, a nosso ver, o posicionamento posterior do Paicv e de alguns dos seus membros e apoiantes, criticando o conteúdo dessa intervenção.

E o fazem perdendo-se em polémicas, “tricas e quezílias” desnecessárias e potencialmente fraturantes, se amparando ilegitimamente da figura de Amilcar Cabral, esperando com isso unir as suas hostes internas que se encontram envolvidas em lutas fraticidas.

A verdade é só uma: sempre que o PAICV está em dificuldades internas, vão buscar a figura de Cabral como amparo para tentar aglutinar e apaziguar a militância.

Sempre que estão no poder nada fazem para dignificar e exaltar tão ilustre figura.

A intervenção do atual Presidente Dr. Rui Semedo que, neste momento, está publicamente a ser criticado pela sua postura no conduzir do processo interno em curso no partido dele, faz mais uma vez o papel de defensor de Cabral para se redimir das criticas de que é alvo.

E não tenhamos duvidas que ele e os seus “acólitos” não vão desistir fácil. Neste como noutros momentos estão à busca de oportunidades para se salvarem da fúria interna, desviando a atenção.

6 – Incentivamos o governo e a sociedade a tudo fazerem para que as atividades de comemoração do 5 de julho decorram com o brilho e a tranquilidade que se espera.

Tudo deve ser feito para que o programa aprovado seja levado a bom porto.

As alterações eventuais, acreditamos, não serão influenciadas por agendas partidárias, mas por factos reais e, hanvendo-as, devem ser devidamente justificadas.

7 – Afinal queremos, nestes 50 anos, levar as festividades para a rua, para que as populações possam participar em massa e apropriem-se da efeméride que afinal é deles. E temos todas as condições para o conseguir: na unidade, na paz e tranquilidade, em festa como exige o momento.

Que assim seja!