Posicionamento do MpD perante a mensagem de ano novo do Presidente da República

Tuesday, January 3, 2023

Caros Jornalistas,

O MpD acompanhou com particular atenção o Discurso de Final do Ano do Presidente da República, um momento especial onde é esperado que, do alto da sua magistratura, o Presidente proceda a um imparcial, suprapartidário e factual balanço do ano e que abra o véu sobre as suas expectativas para o novo ano.

Como sublinhado pelo Presidente, continuamos num momento de mobilização global. O País continua a precisar de todos, os residentes no país e na Diáspora, precisamos de proteger cada vez mais as nossas instituições, trabalhar para serem ainda mais fortes e credíveis, inclusivas e no seu melhor nível de desempenho.

Concordamos em grau, número e género com as afirmações do Presidente da República a este respeito.

Depois de cerca de dois anos de pandemia, quase um ano de Guerra e três anos de seca, Cabo Verde continua resiliente e esperançoso, uma nação unida, engajada e determinada em vencer os desafios que nos esperam em 2023.

Não podemos falhar! Cabo Verde não pode falhar!

2023 será, seguramente, um ano muito exigente e decisivo. As incertezas no mundo têm estado a avolumar-se, quer no plano económico, como também no social e no ambiental.

Mas, como diz o Presidente, não podemos nos limitar a gerir as crises.

Temos de aproveitar as muitas janelas de oportunidades que se abriram a Cabo Verde. Temos de mudar pois o contexto é novo.

Temos de ser criativos e, nalguns casos, disruptivos e inovadores, sempre numa lógica de intensa parceria, nomeadamente, com os sindicatos, as universidades, o sector privado e as demais instituições da sociedade civil.

A segurança e a justiça são, também para o MpD, temas centrais. E aqui somos diretos: Cabo Verde tem de continuar a ser um país seguro, no seu sentido mais lato: segurança jurídica, alimentar, sanitária, laboral, física, cibernética e da internet, energética e urbana.

Temos de poder combater a insegurança urbana sobretudo na cidade da Praia. Entender cada vez melhor o fenómeno e atuar de forma decidida. Esta é uma luta para ser vencida por Cabo Verde.

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Vivemos uma tempestade perfeita que coloca uma pressão forte sobre a pobreza e as desigualdades, um momento de particular e redobrada sensibilidade que merece continuar a ser liderada e gerida com inteligência, na base do diálogo, da concertação e de consensos no quadro Constitucional.

Todos nós, particularmente os órgãos de soberania, devemos consentir um esforço acrescido no sentido da moderação e irradiação da paz, da concórdia e da morabeza, mesmo no plano discursivo. O momento é de diálogo, de paz e de concórdia. Não temos o direito de, sobre estas crises, acrescer uma crise política.

Sr. Jornalistas,

É internacionalmente reconhecida a boa gestão que Cabo Verde tem feito das crises adotando medidas atempadas, assertivas e com impacto nas pessoas e nas empresas.

Graças às medidas do Governo, à resiliência e sacrifício das empresas e dos cidadãos, à confiança externa no país estamos a conseguir efetivar a retoma económica.

O País voltou a crescer e pelos dados da execução acumulada até o 3º Trimestre, muito provavelmente, vamos crescer acima dos 10%, em 2022.

Retomamos o crescimento económico, mas com um nível de inflação muito elevado. Temos de continuar a proteger as empresas e as famílias do aumento de preços, particularmente dos bens alimentares essenciais e dos produtos energéticos.

Queremos um Cabo Verde mais livre, mais democrático, mais seguro, mais desenvolvido e mais inclusivo.

Um país mais solidário.

Afinal, Cabo Verde é o país que todos nós, verdadeira e incondicionalmente, amamos.

E, por Cabo Verde, continuemos a sonhar grande e a sonhar alto.